memória

Revitalização do Clube dos Ferroviários anima moradores e antigos frequentadores

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

A esperança de quem construiu lembranças no Clube dos Ferroviários ganhou força nesta semana. O local foi selecionado para revitalização por um projeto do governo estadual. Ainda não há data, mas isso anima moradores e antigos frequentadores com a possibilidade de que o clube volte a ser habitado, valorize ainda mais o espaço histórico que é a Vila Belga e seja palco de novas memórias no futuro.

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Presidente da Associação de Moradores Ferroviários da Vila Belga, Myrna Floresta, 60 anos, lamenta as condições atuais, mas maior que isso é a empolgação com a luz de uma revitalização, ainda que ela ainda esteja no fim do túnel.

- Nós esperávamos isso há muito tempo. É um prédio que está deteriorado, tinha muitos objetos que contavam a história do clube. Veio na hora certa - afirma.

O reparo é visto por ela como uma sequência de projetos públicos e privados que já valorizam ainda mais a Vila Belga, além das 84 residências. Prédios da antiga Cooperativa dos Ferroviários ganharam negócios em funcionamento nos últimos meses, o que impulsiona a circulação e as condições do local. Em outubro, outro ganho será o retorno do Brique da Vila Belga.

- Temos o Museu do Azulejo, antiquário, o Mercado da Vila Belga. Todos estão habitados e fazendo seu papel para nós nesta região. Esperamos que, com isso, tenhamos também as ruas em condição de trafegabilidade, iluminação pública - comenta.

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DE OUTROS CARNAVAIS
Múcio Nunes, 74 anos, é representante do Sindicato dos Ferroviários em Santa Maria. Ele morou em frente ao clube. Quando se mudou para o Bairro Perpétuo Socorro, levou móveis e lembranças.

- Seria ótimo se a gente conseguisse que nosso museu (do Ferroviário) viesse para cá. Infelizmente, com toda a extensão da Gare, não tem condições. Muitos colegas têm coisas para doar e não tem para onde destinar. Se tivesse um local para catalogar tudo, muita gente doaria - diz sobre a necessidade de preservar a memória.

O Carnaval é um dos principais eventos lembrados tanto por ele quanto por Myrna. Até quando estava em casa, Múcio vivia o clube.

- Sou filho de ferroviário, morei aqui, frequentei muito. Gostaria que, depois de revitalizado, continuasse com o nome, preservar para aqueles que não viram. Os carnavais eram sensacionais. Eu não vinha às vezes, mas o Carnaval estava dentro de casa - brinca.

O PROJETO
A prefeitura de Santa Maria, que inscreveu o prédio no edital Iconicidades do governo estadual, se responsabilizará pelos investimentos necessários - limitados, pelo projeto, a R$ 5 milhões - para a execução das intervenções. O Executivo deve fazer do prédio um centro de economia criativa. O Clube dos Ferroviários é tombado pelo Estado como patrimônio histórico do Rio Grande do Sul.

Na próxima etapa, cada município terá sua proposta transformada em um objeto de concurso público de arquitetura, que convidará profissionais de todo o país a elaborar os projetos conceitual, executivo e de viabilidade para as intervenções necessárias às arquiteturas escolhidas. As melhores ideias apresentadas neste concurso serão premiadas com valores entre R$ 10 mil e R$ 20 mil e com o contrato para desenvolver o projeto para a cidade.

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